Está na cara (você não vê?) que a caretice está com medo. Você não vê? Tem estado incomodada por estar fora de moda. Desesperada por estar sendo curada. Passando. E quando bicho é acuado, e nesse caso tem o ego ferido, faz assim mesmo. Dá rosnado. No último sábado, pra mostrar serviço aos próprios ego e medo, a polícia militar de são paulo agrediu diversos passantes, que o eram na hora errada, e manifestantes reunidos em prol de causas como a legalização da maconha e a liberdade de expressão. E é mais do que qualquer coisa o medo. O medo está na medula e está na cara, é claro, que o segredo está na cura do medo. E o fato dos policiais paulistanos desrespeitarem os direitos humanos em próprio solo paulistano é por demais forte, simbolicamente, para eu não me abalar. Fica uma mancha da marcha. Um cutuco num sistema denominador de costumes e desinteligências. A caretice, a cafonice e a deseducação voluntária e involuntária estão num passo de ruína. E é ter fé em deus, que ele é justo. E é justamente por que alguma coisa está fora da nova ordem mundial que aqui tudo parece que era ainda construção e já é ruína. E a consciência é muito mais bonita e mais intensa do que no cartão postal da televisão. E nós não precisamos de mais problema. E tem faltado poesia pra quem é de poesia. Têm faltado canções de redenção. E tem sobrado uma consciência inconsistente de uma consistência já abalada. E não vou negar que vai chegar a hora, pode chorar. Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora.
Arquivo do dia: 25/05/2011
25/05/2011 · 1:33
caretice.
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